D. Afonso Henriques autorizou a plantação das vinhas na região com a condição de lhe ser dada uma quarta parte do vinho produzido. Séculos mais tarde, durante os reinados de D. João I e de D. João III, apercebendo-se estes da importância social e económica destes vinhos, começaram a surgir algumas medidas de proteção para os vinhos desta área do país.
Atualmente, a Indicação Geográfica Beira Atlântico abrange parte dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria, tendo como limite, a norte, o concelho de Santa Maria da Feira, e a sul, o concelho de Alvaiázere. O seu ponto mais interior situa-se no concelho de Pampilhosa da Serra sendo definida no litoral pelo oceano Atlântico.
A proximidade atlântica é o grande denominador comum desta vasta região geográfica possuindo uma influência determinante nas uvas criadas e consequentemente nos produtos vínicos aqui produzidos. Apresenta solos de diferentes épocas geológicas, predominando os terrenos pobres que variam de arenosos a argilosos, encontrando-se ainda franco-arenosos, sendo que, as áreas de vinha são maioritariamente cultivadas em solos de natureza argilosa e argiló-calcária.
Os invernos são longos e frescos e os verões quentes, sofrendo a região um efeito amenizador devido à sua proximidade ao mar e influência dos ventos de Oeste e de Noroeste, que se fazem sentir com maior frequência e intensidade nestes mesmos locais.
No âmbito da Indicação Geográfica “Beira Atlântico” é reconhecida a sub-região “Terras de Sicó” como indicação complementar.
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